segunda-feira, 13 de junho de 2011

RESUMÃO - TUBERCULOSE


RESUMÃO

TUBERCULOSE

O que é a Tuberculose: Doença infecto-contagiosa, causada pelo Mycobacterium tuberculosis também conhecido como Bacilo de Koch. Acomete principalmente os pulmões, mas uma atingir qualquer outro órgão, como ossos, rins, pleura, gânglios, intestino e cérebro.

Transmissão: É feita pelo ar. O doente, ao tossir e espirrar elimina gotículas contendo no seu interior de 1 a 2 bacilos, podendo atingir os alvéolos pulmonares e ai inicia a sua multiplicação.

Órgãos mais freqüentemente acometidos pela Tuberculose: nariz, boca, faringe, laringe, traquéia, pulmão, bronquíolos, pleura, alvéolos, meninges, linfonodo, ossos, coluna vertebral, rins.

Prevenção:
·        Uso da vacina BCG na infância (indicada para crianças de 0 a 4 anos de idade).
·        Evitar o contato com portadores da doença.
·        Busca ativa de casos por parte dos profissionais da saúde (evita a transmissão para a comunidade).

Principais sintomas: Sintomático respiratório
·        Tosse por 3 semanas ou mais no início seca depois produtiva.
·        Perda de peso e cansaço fácil.
·        Febre baixa geralmente à tarde.
·        Dor no peito e/ou nas costas.
·        Suores noturnos.

Diagnóstico:

História Clínica:
·        Contato intradomiciliar ou não.
·        Apresentar sinais e sintomas sugestivos de tuberculose.

·        História de tratamento anterior para tuberculose.
·        Presença de fatores de risco para o desenvolvimento da doença (HIV, diabetes, câncer e etilismo).

Exame Bacteriológico:
·        A baciloscopia é o método universal, porque permite descobrir as fontes mais importantes da infecção – casos bacilíferos.
·        A baciloscopia deve ser solicitada para: Pacientes sintomáticos respiratórios, com radiografia sugestiva e contatos de casos de tuberculose bacilífera.
·        Recomenda-se, para o diagnóstico, a coleta de duas amostras de escarro: Uma na primeira consulta; a segunda, independente do resultado da primeira, na manhã do dia ao despertar.

Radiografia de Tórax:
·        Útil para diagnóstico de formas difícil confirmação bacteriológica, recomendada para detecção de casos nos seguintes grupos: Sintomáticos respiratórios negativos a baciloscopia, comunicantes, crianças e portadores de HIV.
·        Os resultados dos exames radiológicos do tórax deverão obedecer às seguintes classificações:
Normal: Não apresentam imagens patológicas.
Seqüelas: Apresentam imagens de lesões cicatriciais.
Suspeito: Os que apresentam imagens sugestivas de tuberculose.
Outras doenças: Os que apresentam imagens sugestivas de pneumopatia não tuberculosa.

Histopatologia:
·        Método empregado nas formas extrapulmonares. A lesão apresenta-se como granulosa com necrose. O achado de BAAR na lesão é fundamental para auxiliar o diagnóstico da tuberculose.

Outros métodos diagnóstico:
·        Exame de urina.
·        Hemocultura.

Princípios básicos do tratamento do paciente com tuberculose:
·        Associação medicamentosa adequada, em doses corretas, por tempo suficiente, com supervisão do tratamento.
·        Tratamento prioritário dos bacilíferos com supervisão da tomada dos medicamentos.
·        Os doentes pulmonares positivos não precisam e nem devem ser segregados (isolados) do convívio familiar e da comunidade.
·        Os casos com diagnósticos confirmados na Unidade de Referência devem voltar para as Unidades Básicas de Saúde próximas dos seus domicílios onde serão tratados e acompanhados até a alta.

Rotina de atendimento ao paciente com tuberculose
·        Atendimento cordial, ser amável, correto por parte da equipe, buscando sempre uma relação de confiança entre o paciente e o serviço.
·        Na entrevista inicial e subseqüente, utilizar linguagem acessível, procurando motivar o paciente a compreender sua doença.
·        Destacar o uso correto e pelo tempo determinado de todos os medicamentos, para alcançar a cura.
·        Reforçar que o desaparecimento dos sintomas, não significa que a doença esteja curada, nem permite alterações do uso das drogas.
·        Ininterrupção do tratamento predispõe a cronicidade, ao agravamento da doença, inclusive a morte.
·        Qualquer reação as drogas, procurar o posto de saúde e, não interromper o tratamento.
·        Pacientes com tendências ao risco de abandono devem ser induzidos a aceitar o tratamento supervisionado.
·        O estigma social, tabus da tuberculose, isolamento, repouso, dieta especial foram invalidados pelo tratamento medicamentoso.
·        Os medicamentos são de alta eficácia e são gratuitos.

Monitoração do paciente com tuberculose:
·        Observar a resposta ao tratamento.
·        Vigilância das reações adversas as drogas.
·        Educar o paciente quanto a importância do uso da medicação prescrita.

Grupos com maior risco de adoecimento:
·        Pacientes com HIV, usuários de drogas imunossupressoras, transplantados, diabetes, neoplasias, cardiopatias congênita, pacientes em diálise, e recém-nascidos de mães bacilíferas.

Fatores que influenciam na progressão da tuberculose:
·        Condições de moradia (Intensidade do contágio – aglomerações).
·        Deficiência nutricional.
·        Pobreza.

Considerações:
Importante: Uso correto e ingestão regular dos medicamentos, oferecer a todos os pacientes com tuberculose o teste sorológico anti-HIV, orientando o paciente que a tuberculose é uma doença oportunista para HIV.
Importância relativa: Gravidade da doença por ocasião do diagnóstico, condição imunológica e hospitalização.
Sem importância: Repouso, condições de habitação, superalimentação, suspensão das atividades, clima e cuidados específicos.

Atribuições do Enfermeiro no ambiente hospitalar:
·        Notificar os casos de tuberculose do seu setor.
·        Identificar efeitos colaterais dos medicamentos e comunicar a equipe multiprofissional.
·        Realizar coleta e enviar amostras de escarro ao laboratório.
·        Isolar o paciente, prevenindo disseminação da doença, uma vez que o ambiente hospitalar abriga pacientes com baixa imunidade.
·        Realizar aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem, objetivando um cuidado humanizado, individualizado e focado  em resultados de enfermagem positivos para a equipe.
·        Realizar ações educativas com a equipe técnica de enfermagem.
·        Receber os resultados de exames, anexá-los no prontuário do paciente e comunicar a equipe multiprofissional.
·        Administrar medicação conforme prescrição médica, respeitando horários e dosagens das mesmas.
·        Esclarecer dúvidas aos pacientes, acompanhantes e equipe técnica de enfermagem.
·        Observar a presença de cicatriz da vacina BCG.

Tratamento:

·        Medicamentoso: Durante 1 ano.
·        Avaliar resultados de baciloscopia do escarro: Realizado obrigatoriamente no 2º, 4º e 6º mês

Por:

·        CUNHA, Amarildo de Souza. Enfermeiro - Graduado pela Faculdade Pitágoras de Ipatinga/MG. Junho de 2011. Ipatinga/MG.



sexta-feira, 3 de junho de 2011

5ª Etapa do Processo de Enfermagem - Avaliação da Assistência de Enfermagem


QUINTA ETAPA DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

A avaliação da assistência de enfermagem consiste na ação de acompanhar as respostas do paciente aos cuidados prescritos e implementados, por meio de anotações no prontuário ou nos locais próprios, da observação direta da resposta do paciente à terapia proposta, bem como do relato do paciente.

O enfermeiro nessa fase do processo de enfermagem avalia a eficácia da prescrição de enfermagem (PE), respondendo a questões como estas:
·         O paciente progrediu em termos dos resultados esperados (RE)?
·         O paciente apresenta novas necessidades?
·         A prescrição precisa ser revista?

A partir desses dados o enfermeiro avalia o progresso do paciente, institui medidas corretivas e, se necessário, revê a PE.

Mesmo sendo a última etapa do processo de enfermagem a avaliação não o conclui, pois esta nos direciona a uma contínua reavaliação do paciente, que resulta ou não em reinício do processo.

A avaliação do processo de enfermagem permite ao enfermeiro reavaliar a todas as etapas anteriores do processo (investigação, diagnósticos, planejamento, implementação). Esta é realizada durante a execução do exame físico diário pelo enfermeiro e a cada novo contato com o paciente. (TANNURE E PINHEIRO, 2010).

O enfermeiro ao avaliar o paciente deve se perguntar como tem sido sua assistência, se os RE foram alcançados para o paciente. Este deve também aprender tanto com os resultados positivos quanto com os negativos, ampliando assim seus conhecimentos em prol de um atendimento de enfermagem de qualidade.

O acompanhamento criterioso dos vários aspectos do cuidado prestado ao paciente é uma chave valiosa para avaliar a excelência dos cuidados de saúde. Dessa forma pode vir a fazer a diferença entre as práticas de cuidados destinados a repetir os erros e práticas eficientes, seguras e que buscam o aperfeiçoamento (ALFARO-LEFEVRE, 2005).


Na avaliação diária o enfermeiro detecta os cuidados que devem ser mantidos, os que devem ser modificados e os que já podem ser finalizados.

Importante lembrar que essa avaliação deve ser crítica, deliberada, detalhada e sempre voltada para um cuidado individualizado.

REFERÊNCIAS

  • ALFARO-LEFEVRE, Rosalinda. Aplicação do processo de enfermagem. 5ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2005.

  • TANNURE, Meire Chucre e PINHEIRO, Ana Maria. Sistematização da Assistência de Enfermagem. Guia Prático. 2ª edição. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2010.

POR

  • CUNHA, Amarildo de Souza. Graduando em Enfermagem – 9ª Período - Pela Faculdade Pitágoras de Ipatinga.