terça-feira, 30 de agosto de 2011

INCA - Oferece Curso -> ABC do Câncer: Abordagens Básicas para o Controle do Câncer

 

Objetivo: Identificar o câncer como um problema de saúde pública no Brasil e descrever as principais ações e políticas de controle. Público-alvo: Profissionais de nível superior não especialistas em oncologia.
Alunos dos Cursos de Graduação e Pós-Graduação na Área da Saúde.
Carga horária total: 30 horas
Modalidade: Curso a Distância sem tutoria (autoaprendizagem)
Unidades didáticas
I - O que é câncer
II - Magnitude do problema
III - Ações de controle
IV - Integração das ações
V - Políticas para o controle
Duração: 1 (um) mês
Para o bom aproveitamento, recomendamos uma hora de estudo diário, de segunda a sexta-feira.

Inscrições:  Inscrições abertas a partir de 01 de setembro de 2011.

Procedimentos para inscrição:1. Os interessados deverão preencher a ficha de inscrição on-line.2. O curso é gratuito.
Pré-requisito: Conta de correio eletrônico (e-mail).
Período de realização do curso: 1 a 30 de outubro de 2011. Atenção! o acesso à plataforma somente será liberado na data de início do curso.
Local do curso: Plataforma de Educação a Distância do INCA (ead.inca.gov.br).
Avaliação: No final do curso haverá uma avaliação (on-line) composta de uma situação-problema e dez questões sobre todo o conteúdo do curso.
Certificação: Curso de Atualização.
Coordenação do cursoDenise Rangel Sant´Ana
Luiz Claudio Santos Thuler
Magda Cortês Rodrigues Rezende
Rua Marquês de Pombal, 125 - 3º andar
20230-240 - Centro - Rio de Janeiro - RJ

Mais InformaçõesSecretaria Acadêmica/SECAD
Rua Marquês de Pombal, 125 - 3º andar
20230-240 - Centro - Rio de Janeiro - RJ
ead@inca.gov.br

 OBS: Excelente curso.



segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Atuação do Enfermeiro na Cardioversão Elétrica


Atuação do Enfermeiro na Cardioversão Elétrica

Introdução
A cardioversão elétrica é um procedimento utilizado para reversão de arritimias mediante a administração de uma corrente elétrica direta e sincronizada que despolariza o miocárdio. É a terapia de escolha para o tratamento de taquiarritmias com instabilidade hemodinâmica. (KNOBEL, 2005).

A cardioversão elétrica consite na aplicação de um choque elétrico sobre o tórax, cujo o resultado esperado é a despolarização de todas ou quase todas as fibras cardíacas de forma simultânea, na intenção de restaurar o impulso cardíaco de forma coordenada.

É aplicada através de eletrodos de desfibrilação autoadesivos ou pás manuais acopladas a um desfibrilador/cardioversor/monitor, em modo sincronizado que liberará energia imediatamente após a onda R. Importante ressaltar que a indicação e aplicação da cardioversão elétrica é função do médico, uma vez que a legislação brasileira de enfermagem não permite tal procedimento.

Atuação do Enfermeiro

O enfermeiro deve ter conhecimento das principais indicações da cardioversão elétrica com o objetivo de oferecer uma assistência de qualidade e sistematizada, atuando com agilidade, ciência e técnica durante o procedimento, minimizando atrasos e evitando assim maiores complicações ao paciente. Além disso o enfermeiro deve humanizar este procedimento, explicando ao paciente e seus familiares o que será feito,  pois ao saberem que o paciente será á submetido a um choque estes passarão por sentimentos de ansiedade e medo.

Segundo a Lei 7498/86 Art. 11, o enfermeiro exerce cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas; atuando no planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem. (COFEN, 2007).

Portanto é de fundamental importância a atuação do Enfermeiro na cardioversão elétrica, uma vez que esse procedimento é complexo e envolve a atuação dos profissionais de nível médio de enfermagem.

Durante a cardioversão elétrica o enfermeiro deve avaliar a necessidade da mesma, devido a eventos arrítmicos indicados, atuar na organização do material, na orientação da equipe para que em possíveis eventos adversos, como na broncoaspiração, na depressão respiratória, nos vômitos, até mesmo uma parada cardíaca, o enfermeiro e sua equipe participe prestando os cuidados necessários e com agilidade.

Principais cuidados prestados pelo enfermeiro e sua equipe durante a cardioversão elétrica:

·        Atentar para que antes do procedimento, deve ser feito exame de sangue para controle dos eletrólitos e devem ser corrigidos antes da cardioversão.

·        Orientar e supervisionar se o paciente está em jejum de 8 horas

·        Providenciar carro de emergência com equipamentos e medicações para intubação e atendimento de parada cardiorrespiratória que devem estar prontamente disponíveis,

·        Retirar próteses dentárias móveis do paciente,

·        Providenciar Monitorização cardíaca e de oximetria de pulso, oxigênio.

·        Puncionar acesso venoso periférico calibroso, se o paciente estiver sem acesso.

·        Caso seja necessário realizar tricotomia e a limpeza da pele para remoção da gordura e substâncias que atrapalham a condução elétrica;

·        Providenciar gel para aplicar nas pás do cardioversor.

·        Ligar o sincronizador do cardioversor e observar se é necessário re-sincronizar, pois, após o primeiro choque, o sincronismo pode desligar automaticamente.

·        Providenciar o sedativo de escolha pela equipe médica já que a cardioversão causa dor e desconforto ao paciente e a mesma corrente que despolariza o miocárdio despolariza toda musculatura esquelética

·        Orientar a equipe médica quanto ao posicionamento correto das pás, a pá esterno à direita do esterno, sob a clavícula direita, e a pá ápice junto ao apex cordis, sobre a linha axilar anterior esquerda.

·        Orientar a equipe médica quanto aos pacientes com marca-passo definitivo uma vez que se deve ter cuidado no posicionamento das pás, pois o choque poderá danificar os eletrodos do marca-passo, lesão cardíaca, além da perda do seu comando.
·        Atentar para a energia do choque que deve ser selecionada baseando-se na arritmia e algumas orientações da equipe médica.

·        Observar atentamente para que ninguém esteja encostado no cliente ou em sua maca. Deve-se avisar em voz alta a eminência do choque;

·        Observar o cliente, dar suporte ventilatório e hemodinâmico, ao paciente após a cardioversão, caso necessário até a reversão da anestesia

·        Cogitar o uso de antiarrítmico para evitar a recidiva da arritmia,

·        Durante o uso dos antiarrítmicos deve-se monitorizar o traçado eletrocardiográfico, pressão arterial, freqüência cardíaca e nível de consciência.

No Brasil os enfermeiros não têm a vivência de realizar cardioversão no seu cotidiano, eles apenas programam, planejam e dão suporte para a assistência ao paciente que será submetido a este procedimento. (CUNHA, CUNHA E BRASILEIRO, 2009)


Considerações finais

Embora a cardioversão não seja um procedimento executado pelo enfermeiro, sua assistência é indispensável, pois muitos cuidados devem ser realizados durante o procedimento, o enfermeiro é o profissional que planeja as etapas, organiza e auxilia na execução da cardioversão elétrica com o objetivo de alcançar o sucesso e garantir a segurança e conforto do paciente e seus familiares.

O enfermeiro deve educar o paciente e seus familiares, pois esta é uma etapa importantíssima, visto que, orientando, o enfermeiro pode tirar dúvidas e diminuir a ansiedade dos envolvidos no processo.

A assistência de enfermagem na cardioversão elétrica deve ser desempenhada com grande sucesso e de forma sistematizada uma vez que o número de pacientes que poderão ser submetidos a este procedimento, se eleva a cada ano.


Referências Bibliográficas

·        CUNHA Gisele Moreira, CUNHA Cristiane Martins, BRASILEIRO Marislei Espíndula. Assistência de enfermagem na cardioversão elétrica e medicamentosa: uma revisão da literatura. Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de especialista em Emergência e Urgência pelo Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição www.ceen.com.br 2009 Goiás. Disponível em www.google.com.br/2011.

·        Conselho Federal de Enfermagem. Lei nº 7498/86. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providências. Disponível em www.portalcofen.gov.br/2011.

·        LUTGARDE Magda Suzanne, VANHEUSDEN Deyse Conceição Santoro. Assistência de enfermagem a Paciente com fibrilação atrial. Escola Anna Nery Revista Enfermagem 2006, abr; 10 (1): 47 - 53.

·        SANTORO, Deyse Conceição. O cuidado de enfermagem na unidade coronariana: um ensaio sobre a dimensão da subjetividade no cuidar. Escola de Enfermagem Anna Nery, 2000.

·        KNOBEL, Elias. Enfermagem em Terapia Intensiva. Editora Atheneu. SP, 2005.

Por:

CUNHA, Amarildo de Souza. Graduado em Enfermagem pela Faculdade Pitágoras de Ipatinga/MG. 29/08/2011.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O ENFERMEIRO DA ATUALIDADE


O ENFERMEIRO DA ATUALIDADE

Por: Amarildo Cunha

Ser enfermeiro exige dedicação e interesse em se manter atualizado.

Disposição para cuidar de outras pessoas deve ser a principal característica de quem decide trabalhar na área de enfermagem. O enfermeiro profissional de nível superior tem seu foco na assistência do cuidado ao paciente visando a promoção, a proteção, a prevenção, a manutenção e a recuperação da saúde, por meio de uma prática profissional humanizado e sistematizada. Além disso, deve estar preparado para atuar em uma equipe multidisciplinar, a se manter atualizado e a liderar equipes.

Waldow, 1998 cita que o cuidado humano dispensado pelo enfermeiro deve atingir, além dos clientes e seus familiares, a sua equipe de modo a garantir melhor relacionamento, interdependência, coesão e competência.

A relação com os pacientes deve ser respeitosa, próxima e de confiança. Além de trabalhar em hospitais, unidades de saúde, clínicas, o enfermeiro pode ainda prestar consultoria, dar aulas em escolas técnicas e universidades, atuar em áreas administrativas, em pesquisas, indústrias e até ser representante de laboratórios.

O mercado para o enfermeiro é bom. Têm-se diversas oportunidades. Não precisa hoje ficar apenas praticando a assistência. Existe uma área bastante ampla e com locais onde se pode exercitar a profissão de diversas maneiras. Existe bastante oportunidade para o profissional.

Muitos profissionais de enfermagem em seu início de carreira têm dificuldade para aplicar o conhecimento teórico à prática. Por isso, devemos sempre fazer cursos de capacitação, estudar em casa, procurando sempre estar atualizado, com o objetivo de estar preparado para o mercado de trabalho e para prestar uma assistência ao paciente/cliente com qualidade e competência técnica.

Apesar de o mercado de trabalho ter grande quantidade de vagas em suas diversas especificidades, em contrapartida existe muitos enfermeiros almejando esses postos de trabalho. Portanto o profissional precisa ser diferente. Na atualidade não basta ter só a faculdade. Tem que ter outros cursos. Tem que se dedicar. Não basta ser enfermeiro. Tem que ser um bom enfermeiro.

Mas não é preciso temer, hoje muitos hospitais colocam o recém formado ou o enfermeiro recém admitido em treinamentos contínuos, com uma equipe de educação continuada, e estes só começam a trabalhar diretamente com os pacientes/clientes depois que já foram treinados e que já estão com maior segurança para prestar uma assistência de qualidade e sistematizada.

Para quem quer entrar na área, deve pesquisar e fazer uma boa escolha da universidade, pois isso também conta no currículo, a gerente de enfermagem do hospital Copa D’or  cita que “No hospital, no momento da preparação, conseguimos perceber a diferença do nível de preparo de alguns profissionais com relação à formação que têm”. Além da realização de estágios extracurriculares após a formação acadêmica a melhor maneira para começar a atuação profissional é pela residência, pois nessa espécie de estágio, o profissional exercita o que aprendeu na universidade sob a supervisão de um enfermeiro mais experiente.

Cabe ressaltar que o salário inicial de um enfermeiro varia entre 1.500,00 a 2.000,00 reais mensais, dependendo do tipo de instituição que profissional atua.

Referências

WALDOW, V.R. Cuidado Humano: o resgate necessário. Porto Alegre, Sagra. 1998.

Por

CUNHA, Amarildo de Souza. Graduado em Enfermagem pela Faculdade Pitágoras de Ipatinga/2011.

 


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Não sei: Não tenha medo de dizer essas palavras


Não sei: Não tenha medo de dizer essas palavras

Por que os enfermeiros têm medo ou vergonha de dizer essas palavras?

A enfermagem tem crescido muito nos últimos anos. A classe tem buscado a cada dia evoluir de acordo com a ciência, realizando suas diversas atuações de forma sistematizada e sempre voltada para uma prática baseada em evidências científicas, sendo esta na assistência direta ao paciente/cliente ou administrativa.

O enfermeiro é um profissional que atua em diversas áreas da saúde como a promoção, a prevenção e a recuperação da saúde. Portanto percebo que muitos destes têm o medo ou a vergonha de admitir que não sabe determinada teoria ou técnica de sua atuação profissional. Tem a vergonha de pesquisar, de abrir um livro na frente do paciente ou de um profissional da saúde. Sentem-se obrigado a saber tudo o que lhe é perguntado.

Durante minha formação acadêmica ouvi muitos docentes pós-graduados, mestres dizerem que não sabia determinado assunto ou tirar determinada dúvida de um discente.

Nos estágios da minha formação vi muitos outros profissionais da saúde admitir que também não sabia determinado assunto ou técnica. Lembro-me de um estágio em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal que durante uma intervenção de ressuscitação cardiopulmonar a equipe médica não sabia determinada dose de medicamento a ser administrada no neonato, e para que a intervenção ocorresse bem eles pegaram um livro de referência e o abriram na frente de toda a equipe multiprofissional para esclarecimento da dúvida. Percebi que estes não tiveram nenhum constrangimento em realizar tal ato.

Após o sucesso da intervenção por parte de toda a equipe multiprofissional, a enfermeira coordenadora da unidade nos chamou e nos orientou dizendo: viu como eles não têm medo de pesquisar e dizer que não sabem? Somos eternos aprendizes e não tenham medo de perguntar, de pesquisar, tenham a sua volta um arquivo literário, pois este sim vão lhes auxiliar no momento que for preciso. Tenham certeza de que a orientação dessa enfermeira estará sempre em minha memória, talvez foi o que mais marcou toda a trajetória do meu estágio na instituição.

Dessa forma concluo que ninguém sabe tudo e que seremos eternamente alunos nesse imenso universo, pois sempre temos o que aprender, tenha certeza que quanto mais estudarmos e pesquisarmos, mais estaremos convictos de que não sabemos nada. O que devemos fazer é estudar, pesquisar e esforçar para que nossos pacientes/clientes tenham um cuidado humanizado, de qualidade e sem nenhum comprometimento a sua assistência. Afinal a vergonha não é ter medo de não saber, o que não devemos deixar acontecer é errar pelo medo ou a vergonha de buscar a informação e a ajuda correta. Devemos sim termos conhecimento para nossa atuação profissional, porém nunca saberemos tudo, e o principal é que estejamos cercados de literatura e referências científicas para auxílio no momento que precisarmos.


Por:

CUNHA, Amarildo de Souza – Enfermeiro graduado pela Faculdade Pitagoras de Ipatinga/MG. Julho de 2011.