segunda-feira, 26 de março de 2012

DICAS DE EMERGÊNCIA – COMPRESSÕES TORÁCICAS


DICAS DE EMERGÊNCIA – COMPRESSÕES TORÁCICAS

Tivemos em outubro de 2010 as novas mudanças da American Heart Association (AHA) nas diretrizes de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), Tanto no suporte básico de vida, quanto no suporte avançado de vida.

De acordo com as novas diretrizes recomenda-se firmemente, principalmente para leigos, que as compressões torácicas sejam contínuas e realizadas com as mãos. A compressão torácica mantém o fluxo de sangue para o coração, o cérebro e outros órgãos vitais, permitindo a manutenção da vida por mais tempo.


CONFIRA OS CUIDADOS GERAIS NA COMPRESSÃO TORÁCICA

1. Primeiramente verifique a segurança do local, para você e sua equipe realizar o procedimento.
2. Posicione ao lado da vítima, chamando-a pelo nome e tocando em seus ombros. Caso não responda acione o serviço de emergência de sua localidade.
3. Após chamar a vítima e acionar o serviço de emergência, cheque o pulso da vítima rapidamente entre 5 e 10 segundos e os sinais de circulação (tosse, respiração ou movimentos. Seja eficiente nessa avaliação, não demore. Cuidado com as respirações agônicas que ocorrem em alguns casos de paradas cardíacas, não confunda com respiração normal, pois é apenas um reflexo do sistema nervoso e ineficaz para uma boa respiração. Nesse caso, inicie a RCP o mais rápido possível. Obs: Os leigos vão direto para compressões torácicas, sem checar o pulso.
4. Coloque o calcanhar da mão na linha intermamilar da vítima com os braços hiperestendidos fazendo, pelo menos, 90 graus. Deixe os dedos entrelaçados e evite que eles toquem a vítima durante as compressões.
5. Faça compressões fortes, aprofundando cerca de 5 centímetros sobre o tórax, para produzir um fluxo sanguíneo adequado.
6. Os socorristas devem comprimir o tórax de 100 a 120 vezes por minuto. Ou seja, até duas compressões por segundo, no máximo.
7. Os socorristas devem permitir o retorno completo do tórax após cada compressão para otimizar o reenchimento do coração.
8. Os socorristas não devem interromper as compressões freqüentemente ou por muito tempo, a não ser para as ventilações. Caso contrário, apenas compressões contínua, ou 30 compressões X 2 ventilações.
9. Não movimente a vítima durante a aplicação de RCP, a menos que esteja em um ambiente perigoso ou se você acredita que não possa realizar um procedimento eficaz devido ao posicionamento ou localização da vítima.


DICAS DE EMERGÊNCIA – COMPRESSÕES TORÁCICAS


Retângulo de cantos arredondados: DICAS DE EMERGÊNCIA – COMPRESSÕES TORÁCICAS 




Tivemos em outubro de 2010 as novas mudanças da American Heart Association (AHA) nas diretrizes de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP), Tanto no suporte básico de vida, quanto no suporte avançado de vida.

De acordo com as novas diretrizes recomenda-se firmemente, principalmente para leigos, que as compressões torácicas sejam contínuas e realizadas com as mãos. A compressão torácica mantém o fluxo de sangue para o coração, o cérebro e outros órgãos vitais, permitindo a manutenção da vida por mais tempo.


CONFIRA OS CUIDADOS GERAIS NA COMPRESSÃO TORÁCICA

1. Primeiramente verifique a segurança do local, para você e sua equipe realizar o procedimento.
2. Posicione ao lado da vítima, chamando-a pelo nome e tocando em seus ombros. Caso não responda acione o serviço de emergência de sua localidade.
3. Após chamar a vítima e acionar o serviço de emergência, cheque o pulso da vítima rapidamente entre 5 e 10 segundos e os sinais de circulação (tosse, respiração ou movimentos. Seja eficiente nessa avaliação, não demore. Cuidado com as respirações agônicas que ocorrem em alguns casos de paradas cardíacas, não confunda com respiração normal, pois é apenas um reflexo do sistema nervoso e ineficaz para uma boa respiração. Nesse caso, inicie a RCP o mais rápido possível. Obs: Os leigos vão direto para compressões torácicas, sem checar o pulso.
4. Coloque o calcanhar da mão na linha intermamilar da vítima com os braços hiperestendidos fazendo, pelo menos, 90 graus. Deixe os dedos entrelaçados e evite que eles toquem a vítima durante as compressões.
5. Faça compressões fortes, aprofundando cerca de 5 centímetros sobre o tórax, para produzir um fluxo sanguíneo adequado.
6. Os socorristas devem comprimir o tórax de 100 a 120 vezes por minuto. Ou seja, até duas compressões por segundo, no máximo.
7. Os socorristas devem permitir o retorno completo do tórax após cada compressão para otimizar o reenchimento do coração.
8. Os socorristas não devem interromper as compressões freqüentemente ou por muito tempo, a não ser para as ventilações. Caso contrário, apenas compressões contínua, ou 30 compressões X 2 ventilações.
9. Não movimente a vítima durante a aplicação de RCP, a menos que esteja em um ambiente perigoso ou se você acredita que não possa realizar um procedimento eficaz devido ao posicionamento ou localização da vítima.

Caixa de texto: Inicie a RCP (Ressuscitação cardiopulmonar)
Compressões torácicas contínuas, ou 30 compressões X 2 ventilações para profissionais
Texto explicativo em seta para baixo: O socorrista traz o DEA, liga e faz todos os procedimentos enquanto isso ou outro socorrista continua a RCP, tendo apenas uma breve interrupção para colocar as pás do DEATexto explicativo em seta para baixo: Acione o 192
(ou número de emergência de sua localidade)

Caixa de texto: Pegue o DEA
(ou peça alguém para trazê-lo)
Texto explicativo em seta para baixo: Não responde, sem respiração ou respiração anormal (agônica)Veja abaixo uma seqüência para um atendimento clínico utilizando o CAB – Compressões torácicas, Via aérea e Respiração da nova diretriz.






























segunda-feira, 19 de março de 2012

Indicadores de Qualidade na Assistência de Enfermagem


Indicadores de Qualidade na Assistência de Enfermagem
Por: Amarildo de Souza Cunha
Enfermeiro Graduado pela Faculdade Pitágoras de Ipatinga

A qualidade da assistência nos serviços de saúde surgiu a partir do momento em que os clientes obtiveram um maior conhecimento dos seus direitos, exigindo um maior empenho das instituições de saúde pública ou privada.

Dessa forma surgiu em 1991 na cidade de São Paulo o Programa de Controle de Qualidade Hospitalar (CQH), a principio esse programa era mantido pela Associação Paulista Medicina (APM) e pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP), com o objetivo de avaliar a qualidade dos serviços de saúde dos hospitais de São Paulo, e posteriormente foi expandido a outros estados da federação.

Atualmente a missão do CQH é contribuir de forma contínua para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde, usando uma metodologia específica, estando o mesmo alicerçado nos seguintes valores: autonomia, ética, técnica, voluntariado, simplicidade, enfoque educativo e confidencialidade.

A avaliação realizada pelo CQH consiste em monitorar os indicadores institucionais, na realização de visitas aos hospitais participantes e na auto-avaliação. A auto-avaliação é realizada pela direção do hospital e a visita é realizada quando solicitada pela direção hospitalar e a cada dois anos após a certificação.

Para a equipe de enfermagem outro órgão que trabalha em prol da qualidade dos serviços de saúde e melhoria da gestão hospitalar é Núcleo de Apoio à Gestão Hospitalar (NAGEH), que é um subgrupo do CQH. Este manual contém a ficha técnica detalhada de 16 indicadores de enfermagem, sendo seis assistenciais e dez relacionados a recursos humanos.

A gestão de qualidade é um método ativo de orientar o caminho a ser percorrido para o alcance de uma meta, através do emprego de recursos na produção de um bem ou um serviço. Para os serviços de saúde a avaliação da qualidade é determinada pelo bom uso dos recursos disponíveis, nível de excelência profissional, pelo alto grau de satisfação dos clientes e por um mínimo de risco aos usuários.

Na produção de bens é muito mais fácil obter um serviço de qualidade, uma vez que é permitida a separação de peças e objetos com defeitos, porém para os serviços de saúde a qualidade do serviço prestado é realizada durante a prestação do serviço, não tendo como separar o que deu ou pode dar errado.

Portanto a qualidade da assistência é um desafio para a equipe de enfermagem e cabe ao enfermeiro elaborar e implementar indicadores de qualidade em sua unidade de serviço ou na instituição a qual trabalha, possibilitando assim avaliar de forma quantitativa a qualidade do serviço de enfermagem da sua equipe.
Indicadores são instrumentos elaborados e usados para valorar o cumprimento dos objetivos e metas. São as variáveis dependentes do modelo experimental, usadas para quantificar o resultado das ações. São critérios explícitos de medida, que permitem estabelecer conclusões objetivas sobre aspectos particulares dos programas.

Teixeira et al (2006) afirma que qualidade é conceituada como um conjunto de atributos que inclui um nível de excelência profissional, o uso eficiente de recursos, o mínimo de risco e um alto grau de satisfação por parte dos usuários, considerando-se essencialmente os valores sociais existentes .

Mota et AL (2007) relata que dentre os indicadores de qualidade de assistência de enfermagem pode-se citar: incidência de quedas do paciente; incidência de extubação acidental; incidência de perda de sonda nasogastrica enteral; incidência de úlcera por pressão; incidência de não conformidade relacionada a não administração de medicamentos pela enfermagem; incidência de flebite.

A busca pela qualidade da assistência de enfermagem é antiga, o grande marco  aconteceu quando Florence Nightingale adotou métodos e padrões de higiene no campo de guerra, enquanto prestava assistência a soldados feridos, que reduziram significativamente a mortalidade. E desde então a investigação por qualidade passou a ser constantemente observada pela equipe de enfermagem.

A elaboração e validação de indicadores devem seguir alguns preceitos, como: nome do indicador, fórmula de expressão, tipo, fonte de informação, método, amostra, nome do responsável, freqüência e objetivo eu se quer alcançar. E alguns atributos são imprescindíveis como: a validade, a especificidade, a simplicidade, a objetividade e o baixo custo, facilidade para coleta.

Importante ressaltar que os resultados obtidos pelos indicadores de qualidade não devem ser usados como forma de punição a equipe de enfermagem ou equipe multidisciplinar e sim como uma forma de avaliar a qualidade do serviço prestado, objetivando assim uma melhoria contínua do processo de assistência. Sendo imprescindível que os indicadores estejam aliados aos recursos materiais, humanos, financeiros e físicos da instituição, tendo um eixo condutor e metas definidas.

De acordo com a lei do exercício profissional de enfermagem no Art. 8º - Ao Enfermeiro incumbe privativamente a direção do órgão de enfermagem, organização e direção dos serviços de enfermagem, planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem; consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem

Para o Enfermeiro e sua equipe medir indicadores permite a tomada de decisão baseado em seus resultados, tornando possível modificar e aperfeiçoar sua prática, por meio de comparação e troca de informações entre as unidades do hospital, permite o reconhecimento profissional da enfermagem, tornando-a uma profissão de valor e não somente cumpridora de ordens médicas, além de estabelecer parâmetros sólidos para a checagem e uniformização dos procedimentos de enfermagem.

Referências Bibliográficas

TEIXEIRA, Juliana Donizeti Ribeiro; CAMARGO, Fernanda de Almeida; TRONCHIN, Daisy Maria Rizatto e MELLEIRO, Marta Maria: A elaboração de indicadores de qualidade da assistência de Enfermagem nos períodos puerperal e neonatal. Rev enferm. UERJ, v. 14, n.2, Rio de Janeiro, jun., 2006.

BITTAR, Olímpio J. Nogueira V. Indicadores de qualidade e quantidade em saúde RAS _ Vol. 3, Nº 12  Jul-Set, 2001

MOTA, Nancy Val y Val Peres da; MELLEIRO, Marta Maria; TRONCHIN, Daisy Maria Rizatto: A construção de indicadores de qualidade de enfermagem: relato de experiência do Programa de Qualidade Hospitalar. RAS. v. 9 , n. 34, jan./mar. 2007.

Lei federal n º 7.498, de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providências. Disponível em http://sna.saude.gov.br/legisla/legisla/exerc_p/.

 Manual de Indicadores de Enfermagem NAGEH – 2006. Disponível em http://www.cqh.org.br/files/Manual%20de%20Indicadores%20NAGEH%20-%20V.FINAL.pdf