quinta-feira, 14 de maio de 2020

Sistema de Condução Elétrica do Coração


Sistema de Condução Elétrica do Coração


Introdução

O coração, bomba propulsora do sangue, elemento vital para a sobrevivência humana é composto pelo sistema elétrico e sistema sanguíneo (cardiovascular). O que promove os batimentos e ritmicidade do coração, ejetando o sangue para os demais órgãos do corpo humano é o famoso sistema de condução elétrico do coração.

O sistema de condução elétrica do ser humano é composto por células elétricas. O princípio desta atividade elétrica é originado no nódulo sinusal que difunde os impulsos por meio de um complexo circuito de fibras musculares que se interconectam ao nódulo atrioventricular. No nódulo atrioventricular, ocorre fisiologicamente um pequeno retardo do impulso elétrico, objetivando a sincronismo atrioventricular e dessa favorecer o esvaziamento sanguíneo dos átrios para os ventrículos, o coração é composto por quatro câmaras cardíacas, os átrios são as câmaras cardíacas superiores e os ventrículos são as câmaras cardíacas inferiores.

Após a condução elétrica nodal atrioventricular (do nó sinusal para o nó atrioventricular) o impulso elétrico é enviado para as porções mais distais dos músculos ventriculares por meio das fibras do feixe de His, seus ramos e a rede de Purkinje.

Nódulo sinusal

O nódulo sinusal ou nó sinusal é a principal estrutura responsável pelo comando elétrico e do ritmo cardíaco do coração, é considerado o marca-passo natural do coração, é pequena estrutura que mede aproximadamente 3 cm de comprimento e 2 mm de espessura, nasce na parte superior do coração, mais especificamente na junção da veia cava superior com o átrio direito. Ocorrendo danos ou falha do nó sinusal o nó atrioventricular é capaz de assumir o comando do ritmo cardíaco do coração.

Nódulo Atrioventricular

O nó atrioventricular é uma estrutura milimétrica, de forma ovalada, responsável por receber o comando elétrico vindo do nó sinusal, mede aproximadamente 5 a 6 mm de comprimento, 2 a 3 mm de largura e cerca de 1 mm de espessura. Localizado na porção inferior do septo interatrial, em uma região delimitada pelo triangulo de Koch. Esta estrutura é interconectada com o nó sinusal por células fasciculares e na ausência de comando elétrico vindo do nó sinusal, o nó atrioventricular produz potenciais de ação próprio, assumindo dessa forma a condução elétrica do coração.

Feixe de His e Fibras de Purkinje

O feixe de His se origina da porção mais caudal e profunda do nódulo atrioventricular. Estrutura pequena com dimensões aproximadas de 1 a 2 cm de comprimento e 0,8 a 1,2 mm de espessura. O tronco do feixe de His é formado por duas porções, uma penetrante e outra ramificante, a porção ramificante tem a função de transmitir o impulso elétrico pelos septos interventriculares, passando pelo ramo direito e ramo esquerdo do coração. O feixe de His é formado por células de Purkinje, que são organizadas longitudinalmente e separadas por fibras de colágeno e do ponto de vista eletrofisiológico não apresentam comunicações entre si, este arranjo de fibras propiciam a propagação elétrica para a musculatura dos ventrículos, ocasionando uma contração máxima. Os ventrículos são as câmaras cardíacas inferiores, que através do impulso elétrico direciona todo o fluxo sanguíneo do coração para o corpo.

Conclusão

Comprometimentos do sistema elétrico do coração ocasionará no paciente o que denominamos de arritmias cardíacas, que geralmente são tratadas com terapia medicamentosa, ablação do foco da arritmia cardíaca e até mesmo o implante de dispositivos implantáveis que denominamos de marca-passo cardíaco, Ressincronizador cardíaco e Cardiodesfibrilador cardíaco, ambos implantáveis e cada dispositivo tem a sua referida indicação, conforme a patologia ou arritmia do paciente, que é realizada por um profissional médico.

Referências

OLIVEIRA, D.V.R; AYOUB, A.C; KOBAYASHI, R.M; SIMONETTI, S.H. Marca-passo: Competências Clinicas para Enfermeiros. 1ª edição. Rio de Janeiro. Atheneu, 2017.

DANGELO, J.G; FATTINI, C.A. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 3ª edição. São Paulo. Atheneu, 2006.

GUYTON, A.C; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª edição. Rio de Janeiro. Elsevier Brasil, 2006.

SOBRAC. Diretrizes Brasileiras de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis (DCEI). Arq Bras Cardiol 2007; 89(6) : e210-e237 . <Disponível em http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2007/diretriz-DCEI.pdf>. Acessado em 14/05/2020.

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