RESUMÃO
TUBERCULOSE
O que é a Tuberculose: Doença infecto-contagiosa, causada pelo Mycobacterium tuberculosis também conhecido como Bacilo de Koch. Acomete principalmente os pulmões, mas uma atingir qualquer outro órgão, como ossos, rins, pleura, gânglios, intestino e cérebro.
Transmissão: É feita pelo ar. O doente, ao tossir e espirrar elimina gotículas contendo no seu interior de 1 a 2 bacilos, podendo atingir os alvéolos pulmonares e ai inicia a sua multiplicação.
Órgãos mais freqüentemente acometidos pela Tuberculose: nariz, boca, faringe, laringe, traquéia, pulmão, bronquíolos, pleura, alvéolos, meninges, linfonodo, ossos, coluna vertebral, rins.
Prevenção:
· Uso da vacina BCG na infância (indicada para crianças de 0 a 4 anos de idade).
· Evitar o contato com portadores da doença.
· Busca ativa de casos por parte dos profissionais da saúde (evita a transmissão para a comunidade).
Principais sintomas: Sintomático respiratório
· Tosse por 3 semanas ou mais no início seca depois produtiva.
· Perda de peso e cansaço fácil.
· Febre baixa geralmente à tarde.
· Dor no peito e/ou nas costas.
· Suores noturnos.
Diagnóstico:
História Clínica:
· Contato intradomiciliar ou não.
· Apresentar sinais e sintomas sugestivos de tuberculose.
· História de tratamento anterior para tuberculose.
· Presença de fatores de risco para o desenvolvimento da doença (HIV, diabetes, câncer e etilismo).
Exame Bacteriológico:
· A baciloscopia é o método universal, porque permite descobrir as fontes mais importantes da infecção – casos bacilíferos.
· A baciloscopia deve ser solicitada para: Pacientes sintomáticos respiratórios, com radiografia sugestiva e contatos de casos de tuberculose bacilífera.
· Recomenda-se, para o diagnóstico, a coleta de duas amostras de escarro: Uma na primeira consulta; a segunda, independente do resultado da primeira, na manhã do dia ao despertar.
Radiografia de Tórax:
· Útil para diagnóstico de formas difícil confirmação bacteriológica, recomendada para detecção de casos nos seguintes grupos: Sintomáticos respiratórios negativos a baciloscopia, comunicantes, crianças e portadores de HIV.
· Os resultados dos exames radiológicos do tórax deverão obedecer às seguintes classificações:
Normal: Não apresentam imagens patológicas.
Seqüelas: Apresentam imagens de lesões cicatriciais.
Suspeito: Os que apresentam imagens sugestivas de tuberculose.
Outras doenças: Os que apresentam imagens sugestivas de pneumopatia não tuberculosa.
Histopatologia:
· Método empregado nas formas extrapulmonares. A lesão apresenta-se como granulosa com necrose. O achado de BAAR na lesão é fundamental para auxiliar o diagnóstico da tuberculose.
Outros métodos diagnóstico:
· Exame de urina.
· Hemocultura.
Princípios básicos do tratamento do paciente com tuberculose:
· Associação medicamentosa adequada, em doses corretas, por tempo suficiente, com supervisão do tratamento.
· Tratamento prioritário dos bacilíferos com supervisão da tomada dos medicamentos.
· Os doentes pulmonares positivos não precisam e nem devem ser segregados (isolados) do convívio familiar e da comunidade.
· Os casos com diagnósticos confirmados na Unidade de Referência devem voltar para as Unidades Básicas de Saúde próximas dos seus domicílios onde serão tratados e acompanhados até a alta.
Rotina de atendimento ao paciente com tuberculose
· Atendimento cordial, ser amável, correto por parte da equipe, buscando sempre uma relação de confiança entre o paciente e o serviço.
· Na entrevista inicial e subseqüente, utilizar linguagem acessível, procurando motivar o paciente a compreender sua doença.
· Destacar o uso correto e pelo tempo determinado de todos os medicamentos, para alcançar a cura.
· Reforçar que o desaparecimento dos sintomas, não significa que a doença esteja curada, nem permite alterações do uso das drogas.
· Ininterrupção do tratamento predispõe a cronicidade, ao agravamento da doença, inclusive a morte.
· Qualquer reação as drogas, procurar o posto de saúde e, não interromper o tratamento.
· Pacientes com tendências ao risco de abandono devem ser induzidos a aceitar o tratamento supervisionado.
· O estigma social, tabus da tuberculose, isolamento, repouso, dieta especial foram invalidados pelo tratamento medicamentoso.
· Os medicamentos são de alta eficácia e são gratuitos.
Monitoração do paciente com tuberculose:
· Observar a resposta ao tratamento.
· Vigilância das reações adversas as drogas.
· Educar o paciente quanto a importância do uso da medicação prescrita.
Grupos com maior risco de adoecimento:
· Pacientes com HIV, usuários de drogas imunossupressoras, transplantados, diabetes, neoplasias, cardiopatias congênita, pacientes em diálise, e recém-nascidos de mães bacilíferas.
Fatores que influenciam na progressão da tuberculose:
· Condições de moradia (Intensidade do contágio – aglomerações).
· Deficiência nutricional.
· Pobreza.
Considerações:
Importante: Uso correto e ingestão regular dos medicamentos, oferecer a todos os pacientes com tuberculose o teste sorológico anti-HIV, orientando o paciente que a tuberculose é uma doença oportunista para HIV.
Importância relativa: Gravidade da doença por ocasião do diagnóstico, condição imunológica e hospitalização.
Sem importância: Repouso, condições de habitação, superalimentação, suspensão das atividades, clima e cuidados específicos.
Atribuições do Enfermeiro no ambiente hospitalar:
· Notificar os casos de tuberculose do seu setor.
· Identificar efeitos colaterais dos medicamentos e comunicar a equipe multiprofissional.
· Realizar coleta e enviar amostras de escarro ao laboratório.
· Isolar o paciente, prevenindo disseminação da doença, uma vez que o ambiente hospitalar abriga pacientes com baixa imunidade.
· Realizar aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem, objetivando um cuidado humanizado, individualizado e focado em resultados de enfermagem positivos para a equipe.
· Realizar ações educativas com a equipe técnica de enfermagem.
· Receber os resultados de exames, anexá-los no prontuário do paciente e comunicar a equipe multiprofissional.
· Administrar medicação conforme prescrição médica, respeitando horários e dosagens das mesmas.
· Esclarecer dúvidas aos pacientes, acompanhantes e equipe técnica de enfermagem.
· Observar a presença de cicatriz da vacina BCG.
Tratamento:
· Medicamentoso: Durante 1 ano.
· Avaliar resultados de baciloscopia do escarro: Realizado obrigatoriamente no 2º, 4º e 6º mês
Por:
· CUNHA, Amarildo de Souza. Enfermeiro - Graduado pela Faculdade Pitágoras de Ipatinga/MG. Junho de 2011. Ipatinga/MG.
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