Síndrome de Wolff-Parkinson-White
A síndrome de Wolff-Parkinson-White é
uma doença onde existe uma via elétrica acessória que conecta os átrios aos
ventrículos, fazendo com que o impulso elétrico chegue mais rápido ao
ventrículo e cause taquicardia. Às vezes, essa via elétrica não causa taquicardia,
mas produz alteração no eletrocardiograma que deixa o QRS que é representação
elétrica da contração ventricular mais largo, o que denominamos de
pré-excitação ventricular.
O que acontece é que essa via acessória
compete com a condução elétrica normal, que é a condução elétrica dos átrios
para os ventrículos através do nó atrioventricular (AV). Resultando em uma
despolarização ventricular antes do nó AV, ocasionando dessa forma um curto
circuito, que é represenatado no eletrocardiograma (ECG) pela onda delta,
produzindo também um encurtamento do intervalo P-R ( menor ou igual as 120
milisegundos) e alargamento do complexo QRS.
A origem da síndrome de
Wolff-Parkinson-White é congênita, ou seja, alteração presente desde o
nascimento ou intra-útero.
Sintomatologia
Pode acontecer em qualquer fase da
vida, iniciando geralmente dos 10 aos 50 anos de idade. Os principais sintomas
são: dor torácica, vertigem, dispneia, palpitações e, muito raramente, morte
súbita.
Diagnóstico
Pode acontecer através dos seguintes
exames:
·
Eletrocardiograma (ECG)
·
Holter de 24 horas
·
Teste ergométrico
·
Estudo
eletrofisiológico
O estudo eletrofisiológico é
uma forma de cateterismo cardíaco que visa estudar o funcionamento do sistema
elétrico do coração, através da introdução de cateteres (dois a três) por via
venosa (a mais comum) ou por via arterial. Através do estudo
eletrofisiológico, é possível identificar o mecanismo e o local do aparecimento
de certas arritmias cardíacas.
Tratamento
O tratamento da síndrome de
Wolff-Parkinson-White depende do tipo de arritmia e os sintomas associados.
· Ablação: é um método de tratamento que utiliza cateteres para
cauterizar, com energia de radiofreqüência, a via elétrica acessória, na qual se aplica
uma energia de radiofreqüência sob o local de origem da arritmia,
destruindo-a .
· Medicações: várias drogas podem ser utilizadas para o tratamento das arritmias
relacionadas à síndrome de Wolff-Parkinson-White. Entre elas estão: propafenona
(Ritmonorm®), amiodarona (Ancoron®), sotalol (Sotocor®). Algumas medicações não
podem ser utilizadas: beta-bloqueadores (propranolol, metoprolol) ou
bloqueadores do canal de cálcio (verapamil, diltiazem).
Observação Importante
Os pacientes portadores da síndrome de
Wolff-Parkinson-White não podem exercer atividades físicas competitivas
(futebol, vôlei, basquete) nem esportes radicais (mergulho, escalada,
asa-delta).
Esses pacientes também não podem
exercer profissões de risco (piloto, motorista, operador de máquinas pesadas).
Após ablação não há qualquer restrição
para atividade física e qualquer profissão poderá ser exercida.
Referências
http://portaldocoracao.uol.com.br/exames/estudo-eletrofisiologico
- Acessado em 21/09/2012.
Enfº Amarildo
Cunha
COREN/MG 308900
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