domingo, 17 de fevereiro de 2013

Desafios Gerenciais da Assistência de Enfermagem


Desafios Gerenciais da Assistência de Enfermagem

Desde que a lei 2604/55, categorizou a enfermagem e estabeleceu o enfermeiro como chefe da equipe, composta por auxiliares e técnicos em enfermagem, e como responsável pelo gerenciamento da assistência de enfermagem prestado ao cliente, além das atribuições administrativas próprias da profissão, algumas mudanças veem transformando essa realidade.
Hoje percebe-se que no cotidiano profissional o enfermeiro tem se distanciado da prática assistencial, priorizando atividades voltadas ao cumprimento de normas e regulamentos, realizando o que é preconizado pela organização e por outros profissionais.
Desta forma, o que se observa é um atendimento que não satisfaz os demais componentes de sua equipe, bem como os seus clientes, que por sua vez encontram-se institucionalizados.  Porém ainda assim, o enfermeiro vem se preocupando com uma assistência de qualidade voltada para resultados, que é a recuperação da saúde de forma rápida, segura e eficaz de seus pacientes.
Todavia, com os constantes avanços da base de conhecimentos, mediante as mudanças de paradigmas e modelos de processos de trabalho, o enfermeiro líder do futuro deve refletir sobre o seu papel no gerenciamento para uma assistência de qualidade. Igualmente inovador e transformador, o gerenciamento pelo enfermeiro, provoca mudanças, satisfazendo clientes, equipe e instituição.
De acordo com o artigo 11 da lei número 7.498/86 do exercício profissional de enfermagem, uma das atividades privativas do enfermeiro é planejar, organizar, coordenar, executar e avaliar os serviços da assistência de enfermagem. E para tal, se faz necessário que o enfermeiro aprenda e evolua de forma consistente, desenvolvendo competências como a comunicação, relacionamento interpessoal e tomada de decisão.
Muitas organizações carecem de colaboradores que possam atender com rapidez a elas. Portanto, é necessário que o enfermeiro habitue-se às novas situações, seja flexível e tenha capacidade de relacionamento, trabalhe em equipe, assuma desafios, e tenha espírito de liderança, entre outras, pois estes são requisitos imprescindíveis ao momento atual da gestão da assistência de enfermagem.
Além destes fatores o enfermeiro precisa conhecer o perfil dos seus clientes e da sua equipe de trabalho. Visualizando-os como seres humanos únicos, dotados de capacidades e limites, pois conhecendo as necessidades e expectativas de seus colegas e subordinados, torna-se mais fácil e prático o processo de liderança, alcançando assim uma assistência de qualidade aos seus clientes.
O enfermeiro como gestor deve proporcionar para sua equipe: qualificação, motivação e valorização profissional, gerando um ambiente que prioriza o capital intelectual, ao invés da mão de obra qualificada que somente cumprem ordens técnicas.
Para tal, é preciso um trabalho sistematizado, uma vez que, inúmeras dificuldades aparecerão diante de diferentes demandas entre as partes envolvidas: instituição, cliente e equipe.
Assim, o enfermeiro-líder deve estimular sua equipe à ação e preparar seus liderados, transformando-os em futuros líderes e agentes de mudança. O enfermeiro deve enxergar o futuro, sendo mais flexível, dinâmico e disposto a assumir riscos, ao contrário do papel de controlador, ditador de regras, normas e procedimentos. Dessa forma, o enfermeiro-líder precisa transcender seu cargo e sua posição formal, e assim criar e estabelecer uma relação de sintonia entre seus superiores e liderados, contribuindo sempre para um atendimento de qualidade aos seus clientes.
Publicado por:
Enfermeiro - Assessor Técnico na BioCath Comércio de Produtos Hospitalares. Graduado pela Faculdade Pitágoras de Ipatinga-MG. Especializando em Enfermagem em Terapia Intensiva pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais. Foi instrutor do curso de Aperfeiçoamento de Enfermagem em Terapia Intensiva no SENAC/MG de Ipatinga. Tem experiência como Técnico em Enfermagem nos setores de clínica médica e cirúrgica, pronto atendimento, em unidade de cuidados intermediários, internação e como Técnico em Enfermagem Socorrista.

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