segunda-feira, 23 de maio de 2011

QUARTA ETAPA DO PROCESSO DE ENFERMAGEM


QUARTA ETAPA DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

Implementação da Assistência de Enfermagem (Prescrição de Enfermagem)

Implementar significa colocar em prática, executar o que antes era apenas um plano/proposta. Nessa fase o enfermeiro realiza as prescrições de enfermagem (PE) com o objetivo de alcançar os Resultados Esperados (RE) que é a 3ª fase do processo de enfermagem.

Ao realizar as PE o enfermeiro deverá avaliar e reavaliar as respostas do paciente e o seu próprio desempenho, uma vez que a atuação da implementação da assistência vai causar impacto na vida do paciente, podendo este ser para a evolução ou piora do seu quadro clínico e conforme as respostas fisiológicas do paciente o enfermeiro deverá manter ou mudar o seu plano de cuidados, ou seja, suas PE. (ALFARO-LEFEVRE, 2005).

Souza et al. (2008) afirma que o enfermeiro e os demais membros da equipe devem ter uma relação de confiança e interagir com o paciente. Podendo assim colocar em prática o seu conhecimento científico e sua suas habilidades técnicas na prestação do cuidado.

Para aplicação das PE o enfermeiro deve estar atento aos fatores relacionados e as características definidoras de cada diagnóstico de enfermagem (DE) que é a 2ª etapa do Processo de Enfermagem, uma vez que o seu foco deve ser a reversão dos fatores etiológicos dos DE, solucionando assim os sinais e sintomas apresentados pelo paciente.

Ao prescrever o enfermeiro deve causar impacto na assistência prestada, despertando o interesse da equipe de enfermagem colocá-lo em práticas e para tal a PE deve ser completa e bem dirigida.

Importante ressaltar que o enfermeiro não prescreve focado nas condições clínicas, e sim cuidados para as reações das condições clínicas, que são as complicações fisiológicas detectadas nos pacientes. Prescrever focado nas condições clínicas é função e dever do profissional médico.

Tannure e Pinheiro (2010) relatam que ao enfermeiro compete o cuidado ao paciente focado em suas respostas biopsicossociais e espirituais, indo além do tratamento médico que é focado na patologia de base do paciente. Portanto a consulta de enfermagem deve ir além das demandas biológicas, mas em todas as necessidades do paciente.

O processo de enfermagem nos mostra que o enfermeiro pode cuidar independentemente, desde que sua assistência seja focada no cuidado (nos sinais e sintomas apresentados pelo paciente), o que nos ajuda a dissolver a idéia de que somos apenas cumpridores das prescrições médicas. (SPARKS E TAYLOR, 2007).

As PE de enfermagem devem incluir o que será realizado pela equipe de enfermagem, sempre utilizando verbos no infinitivo, sendo que esta deve ser uma frase descritiva.

Alfaro-Lefevre (2005) cita itens necessários em uma PE:

  • O que fazer.
  • Como fazer.
  • Quando fazer.
  • Onde fazer.
  • Com que freqüência fazer.
  • Por quanto tempo fazer ou quando fazer.

As PE têm o objetivo de individualizar o cuidado prestado pela equipe de enfermagem, atendendo dessa forma as necessidades específicas de cada paciente, e sempre que possível ouvir o que o paciente deseja para sua recuperação. Importante lembrar que as PE devem ser baseadas em um problema ou necessidade visível no levantamento dos DE objetivando beneficiar o paciente na sua recuperação.

Importante

  • Uma PE incompleta pode colocar em risco a segurança do paciente. Estas devem ser completas, evitando assim dúvidas durante sua análise e interpretação pela equipe de enfermagem.

  • A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) busca um cuidado individualizado, por isso o enfermeiro deve ficar atento a abordagem holística e ao pensamento crítico, pois cada paciente tem a sua prioridade.

  • Prescrições informatizadas podem favorecer a implantação do processo de enfermagem, porém devem oferecer total segurança ao paciente. Cuidado ao copiar e colar.

  • Softwares auxiliam, porém deve possibilitar ao enfermeiro individualizar suas ações., contendo ícones que possibilite a especificidade do cuidado prescrito.

  • Cuidado para não prescrever cuidados incompatíveis com as condições da sua instituição, dos familiares e condições clínicas do paciente.

  • As PE devem ser apresentadas, discutidas e esclarecidas com a equipe de enfermagem. E sempre que possível com o paciente. Pois este pode auxiliar o enfermeiro a definir quais suas prioridades.

  • Para aplicação da 4º etapa do processo de enfermagem o enfermeiro e sua equipe podem e devem contar com o auxílio de uma taxonomia, tendo assim base científica para aplicação do seu processo de trabalho, não ficando apenas no empirismo, mas sim uma linguagem padronizada. A taxonomia mais utilizada é a Nursing Intervention Classification (NIC) – Classificação das Intervenções de Enfermagem. Uma taxonomia de intervenções de enfermagem.

  • As PE quando realizadas de forma efetiva e corretas auxilia na redução de custos das instituições de saúde e aperfeiçoa o processo de enfermagem, uma vez que fundamenta o cuidado e reduz o tempo de internação dos pacientes.

REFERÊNCIAS

  • ALFARO-LEFEVRE, Rosalinda. Aplicação do processo de enfermagem. 5ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2005.

  • SOUZA et al. Fundamentos do cuidar em enfermagem. Belo Horizonte: ABEn, 2008/2009.

  • SPARKS, S.; TAYLOR, C.M. Manual de diagnósticos de enfermagem, 6ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.

  • TANNURE, M.C; PINHEIRO, A. M. Sistematização da Assistência de Enfermagem. Guia Prático. 2ª edição. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2010.

POR

  • CUNHA, Amarildo de Souza. Graduando em Enfermagem – 9ª Período - Pela Faculdade Pitágoras de Ipatinga.







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