sábado, 3 de setembro de 2011


Pontos de Destaques das Diretrizes da American Heart Association (AHA) 2010 para Resssscitação Cardiopulmonar (RCP) e Atendimento Cardiovascular de Emergência (ACE).

Por: Amarildo Cunha

1. A importância da Cadeia de Sobrevivência para o (ACE) proposto pela (AHA) foi reforçada nas novas diretrizes. Além da ênfase na RCP de alta qualidade, a cadeia ganhou mais um elo – Cuidados pós-parada cardiorrespiratória (PCR). O primeiro elo da cadeia continua sendo o reconhecimento imediato da situação de emergência, o que inclui PCR e o acionamento do Serviço Médico de Emergência (Figura 1).

FIGURA 1. Reproduzido de American Heart Association: Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. [versão em Português].

2. As novas diretrizes encorajam RCP somente com compressões torácica para o leigo que assiste uma parada cardíaca repentina. RCP compressões torácicas é mais fácil de ser realizada por indivíduos não habilitados e pode ser facilmente orientada por telefone pelo atendente do Serviço Médico de Emergência (SME).

3. Foi removida do algoritmo de SBV a avaliação da respiração "Ver, ouvir e sentir”. Estes passos demonstraram-se inconsistentes, além de consumir tempo.

4. A seqüência para atendimento preconizado para um socorrista que atua sozinho foi alterada. Agora a recomendação é que ele comece as compressões torácicas antes da ventilação de resgate. A antiga seqüência A-B-C (vias Aéreas - Boa ventilação - Compressão Torácica) agora é C-A-B. A seqüência A-B-C continua para o cuidado neonatal, pois quase sempre a causa de PCR nos recém-nascidos é asfixia.

5. Os socorristas devem iniciar as compressoes toracicas antes de aplicar ventilacoes de resgate (C-A-B, em vez de A-B-C). Iniciar a RCP com 30 compressoes, em vez de 2 ventilacoes, diminui a demora em aplicar a primeira compressao.

6. Não houve alteração na recomendação referente à relação compressão-ventilação de 30:2 para um único socorrista de adultos, crianças e bebês (excluindo-se recém-nascidos).

7. A ênfase maior das Diretrizes 2010 é a necessidade de uma RCP de alta qualidade, o que inclui:

• Frequência de compressão mínima de 100/minuto (em vez de "aproximadamente" 100/minuto, como era antes).

• Profundidade de compressão mínima de 5 cm em adultos

• Retorno total do tórax após cada compressão

• Minimização das interrupções nas compressões torácicas

• Evitar excesso de ventilação

8. As novas diretrizes minimizam a importância de checar o pulso pelos profissionais de saúde treinados. A detecção do pulso pode ser difícil mesmo para provedores experientes, especialmente quando a pressão arterial está muito baixa. Quando for realizada, a checagem do pulso não pode levar mais que 10 segundos.

9. As recomendações antecedentes de se utilizar o Desfibrilador Externo Automático (DEA) o quanto antes, em caso de PCR extra-hospitalar presenciada, foi reforçada. Quando a PCR não for presenciada, a equipe do SME deve iniciar RCP (se já não estiver sendo realizada pelo leigo) enquanto o DEA verifica o ritmo. Nestes casos, pode-se considerar 1 a 3 minutos de RCP antes do primeiro choque de desfibrilação.

10. Tem-se dado ênfase constante na necessidade de reduzir o tempo entre a ultima compressão e a administração do choque e o tempo entre a administração do choque e o
recomeço imediato das compressões.

11. Ha um maior foco na realização de RCP em equipe.

12. Foi reforçado a indicação da implementação de programas que estabeleçam DEA disponíveis e de fácil acesso em locais públicos nos quais exista uma possibilidade relativamente alta de PCR presenciada. A AHA recomenda que esses programas sejam acompanhados de planejamento, treinamento e integração com o SME para melhor eficácia.

13. Os cuidados pós-PCR incluem: Otimização do desempenho cardiopulmonar e da perfusão dos órgãos vitais após o retorno da circulação espontânea, transporte para um hospital adequado ou UTI que disponha de recursos para cuidados pós-PCR, incluindo competência de intervenção em casos de síndromes coronarianas agudas, controle de temperatura para melhorar prognóstico neurológico, e tratamento e prevenção da disfunção de múltiplos órgãos.

14. Foi criado o algoritmo universal simplificado de SBV para adultos (Figura 2).

Figura 2. Reproduzido de American Heart Association: Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. [versão em Português].




Figura 3. Reproduzido de Novas Diretrizes RCP 2010 AHA. Publicado por National Safety Council em 19 de outubro de 2010


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

1. American Heart Association. Destaques das Diretrizes da American Heart Association 2010 para RCP e ACE. [versão em Português]. Disponível em:
http://www.heart.org/idc/groups/heartpublic/@wcm/@ecc/documents/downloadable/ucm_317343.pdf em setembro de 2011.

2.  Novas Diretrizes RCP 2010 AHA Publicado por National Safety Council em 19 de outubro de 2010. Tradução e publicação RTI – Editora Randal Fonseca Ltda. autorizada por National Safety Council – outubro 2010. Disponível em  http://www.rtibrasil.com em setembro de 2011.

POR

CUNHA, Amarildo de Souza. Graduado em Enfermagem pela Faculdade Pitágoras de Ipatinga.

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